15-04-783 Noite - Completo

Bom. É a primeira vez que eu escrevo neste diário duas vezes em um único dia, mas os acontecimentos que precederam o meu último relato, realmente merecem ser registrados.

No caminho para a Guarda da Cidade eu tomei conhecimento dos acontecimentos que estão assolando esta pequena cidade. Pelo visto, é um Urso, maior que os outros, que aparece por estas bandas de tempos em tempos, e sempre somem pessoas nesses períodos, e como a situação parecia cada vez mais enérgica, eu resolvi, que é meu dever como um Iniciado da Ordem, ajudar esta cidade, antes da minha jornada até a cidade de Porto Real, para entregar a bandeira ao Irmão Barbarossa.

Eu me apresentei assim que foi permitido ao Capitão da Guarda, um sujeito chamado de Charles, mas ele não quis que eu ajudasse. Como eu insisti, e falei que eu era um iniciado na Ordem de Ermida, ele me deu mais um tempo já que eu tinha o símbolo da minha Ordem, mas como eu perdi tudo, não tinha outras provas, fora que ele me achou extremamente novo para ser um Tenente na Ordem, ele até chegou a me perguntar sobre o símbolo da Grande Guerra (símbolo dado a qualquer um que tenha ajudado na Grande Guerra), eu tentei explicar que como eu ainda não tinha o título de Tenente, não poderia participar, mesmo querendo muito, mas ele não quis compreender, acho que ele é um ignorante em relação a Ordem. Enfim, nós ficamos discutindo, eu por querer ajudar e ele por achar que eu era apenas um moleque atrapalhando nos assuntos militares.

A discussão foi interrompida, pela entrada inesperada de três sujeitos, dois Elfos, que julgo serem irmão, e uma Tailox (Uma espécie de raposa humanoide).

Os três se apresentaram para ajudar, "depois de conhecê-los um pouco mais, não creio que eles tenha se oferecido por bondade, mas sim, apenas por moedas". O Capitão, como não se dispunha de muitos homens para ajudar a investigar, ele aceitou a ajuda deles, e perguntou se eles aceitariam que eu fosse, a Tailox, já com muita arrogância disse "Eu não gosto da ideia de ser uma babá", eu até tentei revidar sacando a minha espada e chamando-a a um combate honrado, porém o Capitão foi mais rápido, e logo pôs uma espada na minha garganta e me advertiu, para nunca empunhar uma espada no Exército. Como ele é meu superior, em ordem militar, eu obedeci, e como foi dada uma outra ordem de me juntar aos outros, tive que seguir-los, como meus superiores, mesmo não gostando.

Como ainda era cedo, nós tivemos que esperar, até a hora em que tanto nós, como os outros que iriam participar das buscas, iriam partir. A Guarda providenciou a nossa alimentação e quando eu terminei, fiquei em um canto, polindo o meu escudo e minha espada, perdido em meus pensamentos, eram sobre o meu Mestre, que também foi um pai, um pai que eu nunca tive, pensei se ele já não estaria melhor. Mas enfim chegou a hora da partida.

No caminho, nos foram dadas as instruções pelo Oficial Roud. Ele nos avisou que só faltava duas cavernas para serem catalogadas, e que eu e os três, ficaríamos com uma das cavernas enquanto ele e outros quatro soldados iriam investigar a outra. Ficou então combinado que o grupo que não encontrasse nada em sua caverna, deveria imediatamente ir para outra para socorrer o outro grupo, afinal seria nessa caverna que teria o Urso, como nós não conhecíamos o lugar, o Oficial entregou para a Tailox um mapa mostrando, onde ficava a outra caverna.

Não era muito distante, o caminho da nossa caverna, mas nesse período eu aproveitei e peguei o mapa para estudá-lo, mas tive que devolve-lo logo, pois já havíamos chegado.

Quando nós chegamos a caverna, não havia nada que pudesse ser usado como tocha, para iluminação, por isso eu saí e peguei um galho, e chegando a entrada a Tailox, como é uma Feiticeira acendeu com um fogo mágico a nossa tocha improvisada. Eu entreguei para o Sacerdote "Um dos Elfos", pois eu precisava empunhar a espada em uma mão e na outra o escudo. Fui na frente, o que não pareceu incomodar os três, o que estava mais próximo era o Sacerdote que por obrigação tinha que iluminar o caminho. Mas para meu horror, a caverna tinha poucos metros, e logo acabava.

Sem pensar direito eu sai correndo, graças a Jano, eu tinha olhado bem o mapa e não precisei de muito esforço para chegar à outra caverna, sem ele.

A cena que eu encontrei ao chegar não foi muito animadora, o Oficial Roud ainda estava bravamente de pé, mas estava visivelmente ferido. Os outros estavam jogados pelas paredes da caverna. Há frente do Oficial, havia três Goblins armados com alabardas e alguns corpos de Goblins ao redor. Eu só pude ver tudo, por causa de algumas tochas acesas que estavam no chão, muito provavelmente, eram as que os soldados carregavam.

Eu não pensei duas vezes, quando vi os Goblins atacando o Oficial já ferido, me pus entre eles para protegê-lo. Como o Sacerdote tinha acabado de chegar eu pedi para ele curar o Oficial o máximo que ele pudesse, os Goblins, não são muito espertos e por isso só atacavam a mim que estava mais perto deles e eu conseguia sem problema defender com meu escudo. Nesse momento a Tailox também havia chegado junto com o Espadachim, e se preparava para usar feitiços, contra os nossos inimigos.

O Sacerdote demorou um pouco para curar o Oficial, e eu já estava ficando cansado com os ataques frenéticos dos Goblins, mas assim que o Oficial se sentiu melhor, ele se pôs a ajudar, e como a Tailox estava planejando jogar um Feitiço Elemental Elétrico, ela deu para ele um cantil cheio de água para ele jogar nos Goblins, para o efeito da Magia pegar em todos de uma vez só. Mas foi pouco útil, não sei o que deu na cabeça do Oficial, mas ele pegou o cantil e cortou ao meio com a espada, quando ele foi jogar nos Goblins, a água já tinha derramado praticamente toda, e só pegou no da esquerda, e parcialmente no do meio, mas o da direita ficou completamente seco.

Sempre que dava, eu golpeava o Goblin que estivesse mais próximo, que no caso era o do meio, e às vezes o da direita. A Feiticeira finalmente consegue conjurar o seu poder, e Eletrocutou o Goblin da esquerda, que caiu pesadamente no chão. Agora só restava dois.

Eu praticamente não estou falando do Espadachim, por um motivo simples, ele tinha uma Arma depreciável, e por mais que ele atacasse os Goblins, mal fazia um arranhão, e o Sacerdote ajudava da formais eficaz que podia, nos curando com o seu poder.

Agora como só restava dois Goblins, dei um golpe desesperado, passei a minha espada na horizontal, com intuito de matar os dois Goblins de uma vez só, mas o golpe só pegou realmente no que estava a direita, selando sua morte, eu até consegui feri o que restava, mas não foi o suficiente para matá-lo. Como o Goblin que restava estava muito debilitado, ele não suportou o golpe do Espadachim, mesmo sendo fraco, o Goblin pereceu.

Agora vem a cena mais Irreal que eu já vi. O Oficial pediu para o Sacerdote curar os soldados, só o suficiente para eles voltarem para a cidade para se recuperarem e pedirem reforços, o Sacerdote fez isso, mas ao terminar, cobrou por ter feito isso, disse que não sairia de graça, o Oficial, indignado lhe jogou umas moedas, e o seu irmão o Espadachim as catou, como se elas fossem as últimas do mundo. Eu me pergunto, o que aconteceria se a Ordem do Sacerdote descobrisse, que ele é esse mercenário, e que usa o poder que aprendeu com eles, para fins egoístas.

Passado essa cena deplorável, o Oficial e os soldados partiram para a cidade com a promessa de mandar reforços, e nós fomos explorar um pouco mais a caverna. 

A Caverna só tinha duas opções, uma gruta à esquerda, e uma porta com umas inscrições à direita, a Tailox foi a única do grupo capaz de ler as inscrições. Elas diziam algo como, “Este é o laboratório de um grande feiticeiro, e aqueles que entrarem estarão sujeitos a sua ira”,mas como estávamos caçando o Urso e os desaparecidos, nós entramos sem medo.

A Porta dava para uma sala com outras três portas, uma de cada lado, e uma à frente, o Espadachim foi verificar a da Esquerda, onde achou uma sala cheia de armários, porém só um deles tinha algo, três porções para ser mais exato, ele entregou para a Feiticeira analisar "me parece que ela é uma boa alquimista, além de feiticeira". Foi descoberto que a porção vermelha, era de cura, a de cor cobalto era uma poção que poderia causas cegueira e um mal estar terrível se ingerida, e a última, a que tinha uma semente no meio não foi identificada.

Depois de uma pequena discussão, foi decidido que o Espadachim ficaria com as duas primeiras poções, e a Feiticeira com a última, pois ela estava curiosa com o seu conteúdo.

Eu já estava cansado deste "Teatro Liriano", e decidi investigar a porta da direita. Quando eu a abri, percebe que esta sala se tratava de uma biblioteca, claro que não chega a se comparar com a Biblioteca da Ordem de Ermida, que guarda segredos mais antigos que o próprio tempo, mas era uma boa biblioteca, havia até escadas para alcançar os livros mais altos.

Quando dei o primeiro passo adentro do cômodo, uma voz como se dentro da minha cabeça, falou: "Aquele que der mais um paço, estará assinando a própria morte, saia enquanto pode verme intruso". Quando eu olhei para os rostos aturdidos de meus companheiros, compreendi que eles também haviam recebido a advertência.

Esta ameaça só me serviu para crer que os sumidos estavam na sala, e por isso eu entrei com total fé. Quando eu ignorei o recado e adentrei a sala, acredito que disparei uma armadilha mágica, pois todos os livros das estantes, saltaram de suas prateleiras e ficaram voando em círculos no teto, nisso todos já estavam na sala comigo, e nós vivos uma transformação incrível. As estantes dos extremos da sala começaram a se contorcer e a se modelarem, até virarem dois Golens de madeira.

Eu vendo esta cena já me lancei ao que estava há direita, tentando cortar as suas mãos cheias de garras, mas só consegue abrir um corte raso, e como os Golens são criaturas mágicas que não sentem dor, ele nem chegou a perceber que eu o atacara.

A Feiticeira pensou rápido e já estava preparando um feitiço de fogo para atacá-lo, enquanto isso nós tentávamos dar tempo a ela, eu estava focado nas mãos, já o Espadachim e seu irmão, estavam focados nas pernas dele,"Bem pensado", pois se conseguisse cortar uma de suas pernas, ele teria um retardo em seus movimentos. Por pouco eu consegue me proteger com o escudo, de um golpe que o outro Golem tentará acertar em mim, e logo contra ataquei perfurando com minha espada o seu peito, mas quando foi tentar retira-la, não consegui, ela ficou enterrada na sua pele de madeira.

Só deu para ver o lampejo vermelho. Quando voltei minha atenção ao que eles estavam atacando, vi que a Feiticeira conseguiu acertá-lo em uma de suas pernas, e ela estava agora bem queimada, praticamente só o carvão. No instinto, dei um soco na perna enegrecida do Golem, que se desfez facilmente, provavelmente, no próximo movimento que ele fizesse ela teria se despedaçado. Deixei que os outros acabassem com esse Golem. O Sacerdote estava agora com uma espada curta, muito provavelmente era uma das espadas dos soldados, as que estavam pelo chão da caverna.

Dei um pulo e segurei firme o cabo de minha espada, a feiticeira estava se preparando para jogar uma outra magia, isso foi útil pois esta que ela jogou foi rápida e serviu para tirar um pouco a atenção do Golem de me. Eu enterrei os meus pés em seu peitoral e puxei minha espada, quando ela saiu eu dei uma cambalhota e pousei em pé, por pouco não caio.

Os dois Elfos já haviam derrotado o Golem sem perna e vieram ao auxílio.

Agora todos nós estávamos atacando o Golem e mesmo sem ele demonstrar qualquer tipo de reação aos nossos ataques, dava para notar que ele estava enfraquecido, e não demoraria para encontrar o seu fim.

Enquanto eu estava focado em ferir as pernas do Golem, os outros estavam atacando o seu meio, até a Feiticeira não estava mais mirando os seus feitiços nas pernas, o que para mim foi um desperdício, já que seu fogo não estava dando tanto resultado no peitoral do ser místico. O Espadachim, mesmo sendo um ótimo manuseador de espada, estava com dificuldade de causar ferimentos graves, a contraposto o Sacerdote não era um bom com espada e raramente acertava um golpe, mas quando acertava conseguia um bom resultado.

Quando o Golem estava praticamente tombando, houve uma cena cômica, como eu falei o Sacerdote não é um exímio em esgrima, contudo ele continuava a atacar, mas esse golpe que ele deu foi um fiasco, ele sempre atacava e corria dos golpes que o Golem distribuía, portanto ele saiu correndo de trás da gente, e de alguma forma conseguiu errar o fio da espada no monstro, acertando o cabo da arma e com isso ela voltou e acertou a sua testa, abrindo um pequeno corte, e ainda por cima ele se desequilibrou e caiu de bunda no chão, ele ficou muito desanimado depois disso. Eu não ri no momento, por causa de toda a situação, mas agora lembrando, estou me desmanchando de rir, aqui na pousada.

Não dá para dizer quem finalizou o Golem, já que todos estávamos atacando ao mesmo tempo, mas acho que a porrada que o Sacerdote deu foi tão forte que derrubou o Golem, mas não há nada para comprovar.

Depois da batalha, aconteceu algo já esperado, mas que assustou a todos, os livros que até então estavam voando, caiu sobre nós e para dizer a verdade, machucou. Logo em seguida, todos os livros começaram a queimar, mas graças a Feiticeira, conseguimos apagar o fogo, mas para minha decepção, quando peguei o primeiro livro para ver seu conteúdo, percebi que todas as suas páginas estavam em branco, e todos os outros também estavam nessa situação, mas isso não me desanimou, pois se tinha um feitiço para proteger o local, é porque tem algo para ser protegido. O Sacerdote estava curando os outros, enquanto eu estava na minha empreitada de achar algo, e quando ele já estava terminando, eu finalmente consegui achar algo, um livro apenas, mas aparentou ser o motivo da armadilha. Eu entreguei o livro para a Feiticeira analisar, e o máximo que foi descoberto sobre o objeto, foram palavras avulsas e desconectas. Como ela percebeu que se tratava de algo místico, pediu o livro de presente, que eu dei sem protestar, afinal não era minha área.

Todos já estávamos bem dispostos, e resolvemos ir ver o que tinha na ultima porta, a que ficava de frente. A porta deu para um corredor, e quando já estávamos quase chegando ao corredor, ouvimos vozes, comemorando por algo e dizendo que deviam avisar o chefe, logo após, a porta do corredor se abriu, e mostrou um Goblin, bem espantado, com nossa presença, e logo voltou a entrar na sala. Eu fui logo em seguida, para ver se ninguém escapava, mas quando eu entrei vi que esta sala tinha um pequeno túnel à esquerda, muito provavelmente este túnel era novo, por causa das paredes “cavucadas” recentemente, e nele eu vi apenas um vulto que julgo ser de um goblin que resolveu entrar nele, muito provavelmente a procura d uma saída alternativa. Dentro da sala tinha um Goblin e um Orc, quando vi que eles estavam armados e que não iam se entregar eu logo avancei na direção do Goblin e passei o fio de minha espada em seu pescoço, a sua cabeça rolou no ar, enquanto o seu corpo caia.

Agora era a vez do Orc, mas como ele era mais forte eu iria precisar da ajuda dos outros, mas eu não precisei pedir, eles já estavam caindo em cima do Orc. Acredito que quando a Feiticeira passou por mim, ela me deu uma piscadela de satisfação.

Eu sempre fico na frente, já que eu sou o único que possui um escudo, enquanto eles ficam na retaguarda, saindo apenas para golpear o Orc. Ele já estava desfalecendo quando nós escutamos um grito, vindo do buraco da parede que citei antes, e logo em seguida um barulho de algo batendo pesadamente no chão, acompanhado do que me pareceu ossos se partindo.

Quando tudo estava acabado, foi o momento de continuar a explorar o resto do covil.

Nós entramos no corredor escavado na parede, ele até que foi um pouco comprido, e sinceramente eu gostaria que não houvesse fim, não por medo já que eu não sinto isso, mas pelo fato de que o que nós vimos, foi algo descomunal.

A sala estava toda ensanguentada, era o sangue do Goblin que eu vi entrando ainda a pouco, e no centro dela havia uma Quimera gigante. Eu já havia lido sobre isso antes, em nossa biblioteca, mas os livros não se comparam com esta besta.

O Monstro, tinha a forma de um Urso, mas ele era bem maior que um. Possuía duas cabeças, sendo que uma delas tinha características humanas, ela e seu terceiro braço, um que além de não ser do corpo original do bicho, segurava uma espada. Por causa dos meus dons de Ferreiro pude observar que ela era bem antiga e possuía uma aura elétrica envolta. A cabeça "Humana" do monstro, era disforme, e contorcida, o braço tinha as mesmas características na junção entre o corpo e ele.

Os Elfos se mantiveram firmes ao verem a coisa, mas a Feiticeira voltou correndo por onde viemos, seus pequenos nervos não aguentaram ver aquilo. Mais tarde ela me falou que há uma maldição nela, onde sempre que ela fica nervosa começa a cantar involuntariamente, e por isso, para não atrapalhar o grupo, saiu daquele jeito, isso e o próprio medo.

Quando notou nossa presença o monstro, já foi atacando. Foi um braço para cada um de nós. Uma das garras foi na minha direção, a outra foi na do Sacerdote, e para o desafortunado do Espadachim, só sobrou a que tinha a estada. Depois do golpe, parte do corpo do espadachim que nunca deveriam ver a luz do dia, estavam expostas. O Golpe que me pegou, não foi em cheio, pois consegui colocar o meu escudo na frente, mas mesmo assim ainda senti o impacto de tal forma que chegou a machucar. O Sacerdote, praticamente voou ao ser acertado pela outra garra, mas logo se recompôs e se pôs o mais longe possível, de forma que ainda pudesse nos ajudar, com suas magias divinas.

A Tailox provavelmente tinha engolido o medo, ou pelo menos controlado, pois ela voltou a aparecer pela entrada, e já foi desenhando uma runa e jogando-a, quando a runa acertou a coisa, ela ficou toda chamuscada, mas não demonstrou muita preocupação com isso.

A Besta ia nos atacar novamente, mas agora era a minha vez, eu desviei do golpe do monstro, e me pus a acertar a mão da besta, a que tinha a espada, quando todos viram o que eu pretendia, começaram a focar seus ataques nessa parte também. O ataque que eu dei não foi tão fundo mas causou um corte razoável. Por reflexo a se movimentou de forma que um dos seus braças me acertaram em cheio, não cheguei a cair, mas fui arrastado um pouco para trás e levei o dano por completo, sentia as minhas costelas doendo muito, provavelmente foram quebradas pela pancada.

Depois de levar o golpe percebe que a Feiticeira tinha jogado outros feitiços de fogo no monstro, um dele aparentava ter errado a mão e queimado nas proximidades, já uns outro pareciam ter acertado a mão e ela não parecia que iria aguentar muito. Fora que notei que ela tinha furos por todo o corpo, o espadachim tinha se mantido ocupado também, mas nós não fomos os únicos a contra atacar, a besta havia provocado outro ferimentos principalmente no Espadachim, os outros também estavam ruins, mas ele era o pior.

A coisa, não era muito rápida, mas cada golpe que ela dava, eram letais, eu até consegui me defender da maioria dos ataques, mas ainda sofria o impacto. Os outros pareciam não ter a mesma sorte, estavam muitos ruins.

Mais golpes do monstro, dois em mim, muitos fortes, achei que não aguentaria por muito mais tempo, mas o outro golpe foi para o Espadachim, sorte que foi uma das garras, porque se fosse com a espada, acredito que ele não teria resistido.

O Espadachim estava nas últimas, e por isso ele foi para trás da coisa, na esperança de fugir do foco do monstro e continuar os ataques, mas quando deu o primeiro ataque, o monstro meio que não gostou e começou a se virar para acerta-lo dessa vez com a espada, se ele acertasse, ele teria morrido no mesmo instante.

A Feiticeira pensou muito rápido, e usou um feitiço de estática, de forma que o monstro ficou colado no chão, e graças a isso ele não alcançava mais o Espadachim. Quando ele percebeu isso, se voltou novamente para nós, já soltando um golpe em minha pessoa, como eu não estava esperando, não pude me defender, e dessa vez, quase minha vida se esvaiu.

O Sacerdote já estava ficando sem forças para continuar nos curando, especialmente o seu irmão, como ele estava ocupado com ele, não pode me curar.

Eu estava com muita dor e fraco, acho que também estava perdendo sangue, mas ainda assim pude ver o que aconteceu em seguida.

A Feiticeira, usou um feitiço elétrico na mão da coisa, a que segurava a espada, e quando o feitiço pegou, ele largou a espada, o que foi nossa salvação.

Com a espada no chão, o Espadachim já melhor, deu uma cambalhota e pegou a espada. Ele me disse depois que quando ele pegou a espada sentiu uma força elétrica subindo o seu braço, mas logo depois ela, se esvaiu novamente para a espada.

Com a espada em mão, ele deu um senhor pulo, e cortou o monstro pela lateral, dividindo o seu tronco em dois.

O Espadachim logo depois soltou a espada, eu achei que ele era um tolo por jogá-la no chão, mas ele falou que ela deu um choque e não conseguia segurá-la mais.

Todos, inclusive eu, tentamos pegar a espada, mas ninguém conseguiu, ela dava uma onda de choque muito forte. A Feiticeira notou que havia inscrições pela lâmina, e quando ela leu, descobriu que esta espada pertencia a um verdadeiro Sangue de Tirius. Enquanto ela estava olhando isso eu notei um esqueleto no fundo da sala, ele estava sem um dos braços, era o mesmo lado do que estava no corpo do Urso monstruoso. Quando eu me aproximei, notei que havia um colar com uma pedra azul como pingente. Claro que antes disso tudo o Sacerdote me curou, por que se isso não tivesse acontecido, eu não conseguiria andar muito.

Eu o retirei o colar e entreguei para a Feiticeira analisar, e ela descobriu que o colar pertencia ou mesmo do tal descendente de Tirius, foi aí que eu tive uma ideia.

Provavelmente, para segurar a Espada de Tirius, seria necessário usar também o colar. Todos um a um, usaram o colar e tentaram pegar a espada, mas ninguém conseguiu segurá-la por muito tempo, até que a pedra azul do cabo da Espada, se escureceu, deixando agora só um pontinho azulado no meio da pedra.

Quando foi a minha vez de segurar a Espada mágica, eu sente a eletricidade, mas ela se manteve de forma que não era muito incômodo, mas de algum jeito ela começou a pesar muito, aparentava ter uns 15 quilos a mais. Mas como eu sou muito forte, não foi problema carregá-la, mas eu sabia que dessa forma não teria como usá-la em uma batalha. Eu peguei uma corda e enrolei-a de forma cruzada em meu tronco, e a coloquei presa nisso.

O Espadachim deixou bem claro que esta espada seria dele, já que fora ele quem a empunhou primeiro e assim que ele conseguisse segurá-la, a pegaria de volta.

Depois de tudo acabado foi que nós fomos prestar atenção na sala. Ela era um buraco, uma caverna arredonda, e no oposto dela, havia uma pedra meio que tapando um buraco, sem pestanejar eu fui tentar tirá-la, mas ela não se moveu, mesmo depois que todos juntos tentando empurrá-la, ela não se moveu.

A Feiticeira notou então que a pedra estava lá por magia, ela era um item invocado, já que não dava para tirá-la de lá o jeito foi ela usar uma habilidade da sua espécie, chamada Visão Auditiva, por tanto para ajudá-la eu dei um soco na pedra, mas ela disse que não podia ver nada depois da pedra. O jeito foi voltar e pedir reforços.

Nós fomos voltando, todos calados, primeiro pelo corredor escavado, depois pela sala retangular, e depois novamente por um corredor, e quando chegamos a sala que tinha a porta para a biblioteca, nós encontramos dois Goblins que entravam pela sala.

Como eu estava na frente, eu fui o primeiro a ver e a falar. Falei que eles deveriam se entregar ou enfrentarem as consequências, mas no calor do momento eu acabei falando na minha língua nativa de Jubans, portanto ninguém entendeu nada.

Os Goblins se entreolharam e deram de ombros e começaram a correr. Todos nós corremos atrás, pois eles não poderiam dar notícias que nós descobrimos tudo aos aliados, a Feiticeira como sempre, foi mais rápida e desenhou sua runa de Estática e lançou em um deles, e pegou, mas o outro conseguiu fugir.

Ao interrogar o Goblin, descobrimos, que seu chefe é um tal de Ethamuriel, e que fora isso ele não sabia de nada, por mais terror que a Feiticeira fez, ela não chegou a machucá-lo. Ela disse que queria um mascote, portanto, amarrou ele enquanto eu o carreguei. Como ainda havia um lugar para verificar na caverna, nós voltamos e fomos nele, o buraco da esquerda.

Ao entrar vi um vulto enorme como um outro urso. Soltei o Goblin e já me armei, mas a Feiticeira advertiu, a mim e ao Espadachim que fizera o mesmo, que aquilo não era vivo, era como um espantalho, provavelmente para espantar as pessoas que entrassem aqui. Averiguamos atrás do espantalho e notamos que a pedra invocada estava aqui também, foi aí que a Feiticeira se tocou, e nos falou que a sala que enfrentamos o Urso Medonho ficava do outro lado da pedra.

O jeito era voltar a cidade e reportar os acontecimentos a Guarda de lá.

No meio do caminho, nós encontramos o Oficial, com os reforços que ele prometeu, e depois de reportamos, que quem estava por trás disso tudo, era um tal de Ethamuriel, ele ficou um pouco encabulado.

Ao chegar à cidade nós fomos a Guarda, para sabermos o que seria feito. O Capitão Charles falou que não teria como pagar-los agora e que o pagamento seria feito na Cidade de Porto Real, onde fica a Guarda Real. Falou também que a missão teria uma outra revertesse, "eu já aceitei", e que como não tinha pagamentos o mínimo que ele poderia fazer era, nos dar uma pousada e equipamentos.

Todos fomos ao Ferreiro indicado e nos equipamos, eu peguei apenas uma outra espada longa, e enquanto os outros foram para a pousada, eu fiquei e pedi para usar as ferramentas do Ferreiro, que deixou de bom grado. Eu tirei os amassados e ajeitei outras coisinhas, no escudo e espada, o Urso era forte demais, causou bastante dano nos meus itens.

Quando tinha terminado tudo, me despedi do ferreiro e o agradeci por deixar usar seus equipamentos. E desde então estou aqui na e narrando a história, mas agora é melhor dormir um pouco pois, a manhã promete ser tão movimentado quanto hoje, já que é provável que chegue noticias do tal Ethamuriel.




Ass: Adamus Asliano

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