15-04-783 Noite Parte I

Bom. É a primeira vez que eu escrevo neste diário duas vezes em um único dia, mas os acontecimentos que precederam o meu último relato, realmente merecem ser registrados.

No caminho para a Guarda da Cidade eu tomei conhecimento dos acontecimentos que estão assolando esta pequena cidade. Pelo visto, é um Urso, maior que os outros, que aparece por estas bandas de tempos em tempos, e sempre somem pessoas nesses períodos, e como a situação parecia cada vez mais enérgica, eu resolvi, que é meu dever como um Iniciado da Ordem, ajudar esta cidade, antes da minha jornada até a cidade de Porto Real, para entregar a bandeira ao Irmão Barbarossa.

Eu me apresentei assim que foi permitido ao Capitão da Guarda, um sujeito chamado de Charles, mas ele não quis que eu ajudasse. Como eu insisti, e falei que eu era um iniciado na Ordem de Ermida, ele me deu mais um tempo já que eu tinha o simbolo da minha Ordem, mas como eu perdi tudo, não tinha outras provas, fora que ele me achou extremamente novo para ser um Tenente na Ordem, ele até chegou a me perguntar sobre o símbolo da Grande Guerra (símbolo dado a qualquer um que tenha ajudado na Grande Guerra), eu tentei explicar que como eu ainda não tinha o título de Tenente, não poderia participar, mesmo querendo muito, mas ele não quis compreender, acho que ele é um ignorante em relação a Ordem. Enfim, nós ficamos discutindo, eu por querer ajudar e ele por achar que eu era apenas um moleque atrapalhando nos assuntos militares.

A discussão foi interrompida, pela entrada inesperada de três sujeitos, dois Elfos, que julgo serem irmão, e uma Tailox (Uma espécie de raposa humanoide).

Os três se apresentaram para ajudar, "depois de conhecê-los um pouco mais, não creio que eles tenha se oferecido por bondade, mas sim, apenas por moedas". O Capitão, como não se dispunha de muitos homens para ajudar a investigar, ele aceitou a ajuda deles, e perguntou se eles aceitariam que eu fosse, a Tailox, já com muita arrogância disse "Eu não gosto da ideia de ser uma babá", eu até tentei revidar sacando a minha espada e chamando-a a um combate honrado, porém o Capitão foi mais rápido, e logo pôs uma espada na minha garganta e me advertiu, para nunca empunhar uma espada no Exercito. Como ele é meu superior, em ordem militar, eu obedeci, e como foi dada uma outra ordem de me juntar aos outros, tive que seguir-los, como meus superiores, mesmo não gostando.

Como ainda era cedo, nós tivemos que esperar, até a hora em que tanto nós, como os outros que iriam participar das buscas, iriam partir. A Guarda providenciou a nossa alimentação e quando eu terminei, fiquei em um canto, polindo o meu escudo e minha espada, perdido em meus pensamentos, eram sobre o meu Mestre, que também foi um pai, um pai que eu nunca tive, pensei se ele já não estaria melhor. Mas enfim chegou a hora da partida.

No caminho, nos foram dadas as instruções pelo Oficial Roud. Ele nos avisou que só faltava duas cavernas para serem catalogadas, e que eu e os três, ficaríamos com uma das cavernas enquanto ele e outros quatro soldados iriam investigar a outra. Ficou então combinado que o grupo que não encontrasse nada em sua caverna, deveria imediatamente ir para outra para socorrer o outro grupo, afinal seria nessa caverna que teria o Urso, como nós não conhecíamos o lugar, o Oficial entregou para a Tailox um mapa mostrando, onde ficava a outra caverna.

Não era muito distante, o caminho da nossa caverna, mas nesse período eu aproveitei e peguei o mapa para estudá-lo, mas tive que devolve-lo logo, pois já havíamos chegado.

Quando nós chegamos a caverna, não havia nada que pudesse ser usado como tocha, para iluminação, por isso eu saí e peguei um galho, e chegando a entrada a Tailox, como é uma Feiticeira acendeu com um fogo mágico a nossa tocha improvisada. Eu entreguei para o Sacerdote "Um dos Elfos", pois eu precisava empunhar a espada em uma mão e na outra o escudo. Fui na frente, o que não pareceu incomodar os três, o que estava mais próximo era o Sacerdote que por obrigação tinha que iluminar o caminho. Mas para meu horror, a caverna tinha poucos metros, e logo acabava.

Sem pensar direito eu sai correndo, graças a Jano, eu tinha olhado bem o mapa e não precisei de muito esforço para chegar à outra caverna, sem ele.

A cena que eu encontrei ao chegar não foi muito animadora, o Oficial Roud ainda estava bravamente de pé, mas estava visivelmente ferido. Os outros estavam jogados pelas paredes da caverna. Há frente do Oficial, havia três Goblins armados com alabardas e alguns corpos de Goblins ao redor. Eu só pude ver tudo, por causa de algumas tochas acesas que estavam no chão, muito provavelmente, eram as que os soldados carregavam.

Eu não pensei duas vezes, quando vi os Goblins atacando o Oficial já ferido, me pus entre eles para protegê-lo. Como o Sacerdote tinha acabado de chegar eu pedi para ele curar o Oficial o máximo que ele pudesse, os Goblins, não são muito espertos e por isso só atacavam a mim que estava mais perto deles e eu conseguia sem problema defender com meu escudo. Nesse momento a Tailox também havia chegado junto com o Espadachim, e se preparava para usar feitiços, contra os nossos inimigos.

O Sacerdote demorou um pouco para curar o Oficial, e eu já estava ficando cansado com os ataques frenéticos dos Goblins, mas assim que o Oficial se sentiu melhor, ele se pôs a ajudar, e como a Tailox estava planejando jogar um Feitiço Elemental Elétrico, ela deu para ele um cantil cheio de água para ele jogar nos Goblins, para o efeito da Magia pegar em todos de uma vez só. Mas foi pouco útil, não sei o que deu na cabeça do Oficial, mas ele pegou o cantil e cortou ao meio com a espada, quando ele foi jogar nos Goblins, a água já tinha derramado praticamente toda, e só pegou no da esquerda, e parcialmente no do meio, mas o da direita ficou completamente seco.

Sempre que dava, eu golpeava o Goblin que estivesse mais próximo, que no caso era o do meio, e às vezes o da direita. A Feiticeira finalmente consegue conjurar o seu poder, e Eletrocutou o Goblin da esquerda, que caiu pesadamente no chão. Agora só restava dois.

Eu praticamente não estou falando do Espadachim, por um motivo simples, ele tinha uma Arma depreciável, e por mais que ele atacasse os Goblins, mal fazia um arranhão, e o Sacerdote ajudava da formais eficaz que podia, nos curando com o seu poder.

Agora como só restava dois Goblins, dei um golpe desesperado, passei a minha espada na horizontal, com intuito de matar os dois Goblins de uma vez só, mas o golpe só pegou realmente no que estava a direita, selando sua morte, eu até consegui feri o que restava, mas não foi o suficiente para matá-lo. Como o Goblin que restava estava muito debilitado, ele não suportou o golpe do Espadachim, mesmo sendo fraco, o Goblin pereceu.

Agora vem a cena mais Irreal que eu já vi. O Oficial pediu para o Sacerdote curar os soldados, só o suficiente para eles voltarem para a cidade para se recuperarem e pedirem reforços, o Sacerdote fez isso, mas ao terminar, cobrou por ter feito isso, disse que não sairia de graça, o Oficial, indignado lhe jogou umas moedas, e o seu irmão o Espadachim as catou, como se elas fossem as últimas do mundo. Eu me pergunto, o que aconteceria se a Ordem do Sacerdote descobrisse, que ele é esse mercenário, e que usa o poder que aprendeu com eles, para fins egoístas.

Passado essa cena deplorável, o Oficial e os soldados partiram para a cidade com a promessa de mandar reforços, e nós fomos explorar um pouco mais a caverna. 




Continua...

Ass: Adamus Asliano


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