15-04-783 Noite Parte II

A Caverna só tinha duas opções, uma gruta à esquerda, e uma porta com umas inscrições à direita, a Tailox foi a única do grupo capaz de ler as inscrições. Elas diziam algo como, “Este é o laboratório de um grande feiticeiro, e aqueles que entrarem estarão sujeitos a sua ira”,mas como estávamos caçando o Urso e os desaparecidos, nós entramos sem medo.

A Porta dava para uma sala com outras três portas, uma de cada lado, e uma à frente, o Espadachim foi verificar a da Esquerda, onde achou uma sala cheia de armários, porém só um deles tinha algo, três porções para ser mais exato, ele entregou para a Feiticeira analisar "me parece que ela é uma boa alquimista, além de feiticeira". Foi descoberto que a porção vermelha, era de cura, a de cor cobalto era uma poção que poderia causas cegueira e um mal estar terrível se ingerida, e a última, a que tinha uma semente no meio não foi identificada.

Depois de uma pequena discussão, foi decidido que o Espadachim ficaria com as duas primeiras poções, e a Feiticeira com a última, pois ela estava curiosa com o seu conteúdo.

Eu já estava cansado deste "Teatro Liriano", e decidi investigar a porta da direita. Quando eu a abri, percebe que esta sala se tratava de uma biblioteca, claro que não chega a se comparar com a Biblioteca da Ordem de Ermida, que guarda segredos mais antigos que o próprio tempo, mas era uma boa biblioteca, havia até escadas para alcançar os livros mais altos.

Quando dei o primeiro passo adentro do cômodo, uma voz como se dentro da minha cabeça, falou: "Aquele que der mais um paço, estará assinando a própria morte, saia enquanto pode verme intruso". Quando eu olhei para os rostos aturdidos de meus companheiros, compreendi que eles também haviam recebido a advertência.

Esta ameaça só me serviu para crer que os sumidos estavam na sala, e por isso eu entrei com total fé. Quando eu ignorei o recado e adentrei a sala, acredito que disparei uma armadilha mágica, pois todos os livros das estantes, saltaram de suas prateleiras e ficaram voando em círculos no teto, nisso todos já estavam na sala comigo, e nós vivos uma transformação incrível. As estantes dos extremos da sala começaram a se contorcer e a se modelarem, até virarem dois Golens de madeira.

Eu vendo esta cena já me lancei ao que estava há direita, tentando cortar as suas mãos cheias de garras, mas só consegue abrir um corte raso, e como os Golens são criaturas mágicas que não sentem dor, ele nem chegou a perceber que eu o atacara.

A Feiticeira pensou rápido e já estava preparando um feitiço de fogo para atacá-lo, enquanto isso nós tentávamos dar tempo a ela, eu estava focado nas mãos, já o Espadachim e seu irmão, estavam focados nas pernas dele,"Bem pensado", pois se conseguisse cortar uma de suas pernas, ele teria um retardo em seus movimentos. Por pouco eu consegue me proteger com o escudo, de um golpe que o outro Golem tentará acertar em mim, e logo contra ataquei perfurando com minha espada o seu peito, mas quando foi tentar retira-la, não consegui, ela ficou enterrada na sua pele de madeira.

Só deu para ver o lampejo vermelho. Quando voltei minha atenção ao que eles estavam atacando, vi que a Feiticeira conseguiu acertá-lo em uma de suas pernas, e ela estava agora bem queimada, praticamente só o carvão. No instinto, dei um soco na perna enegrecida do Golem, que se desfez facilmente, provavelmente, no próximo movimento que ele fizesse ela teria se despedaçado. Deixei que os outros acabassem com esse Golem. O Sacerdote estava agora com uma espada curta, muito provavelmente era uma das espadas dos soldados, as que estavam pelo chão da caverna.

Dei um pulo e segurei firme o cabo de minha espada, a feiticeira estava se preparando para jogar uma outra magia, isso foi útil pois esta que ela jogou foi rápida e serviu para tirar um pouco a atenção do Golem de me. Eu enterrei os meus pés em seu peitoral e puxei minha espada, quando ela saiu eu dei uma cambalhota e pousei em pé, por pouco não caio.

Os dois Elfos já haviam derrotado o Golem sem perna e vieram ao auxílio.

Agora todos nós estávamos atacando o Golem e mesmo sem ele demonstrar qualquer tipo de reação aos nossos ataques, dava para notar que ele estava enfraquecido, e não demoraria para encontrar o seu fim.

Enquanto eu estava focado em ferir as pernas do Golem, os outros estavam atacando o seu meio, até a Feiticeira não estava mais mirando os seus feitiços nas pernas, o que para mim foi um desperdício, já que seu fogo não estava dando tanto resultado no peitoral do ser místico. O Espadachim, mesmo sendo um ótimo manuseador de espada, estava com dificuldade de causar ferimentos graves, a contraposto o Sacerdote não era um bom com espada e raramente acertava um golpe, mas quando acertava conseguia um bom resultado.

Quando o Golem estava praticamente tombando, houve uma cena cômica, como eu falei o Sacerdote não é um exímio em esgrima, contudo ele continuava a atacar, mas esse golpe que ele deu foi um fiasco, ele sempre atacava e corria dos golpes que o Golem distribuía, portanto ele saiu correndo de trás da gente, e de alguma forma conseguiu errar o fio da espada no monstro, acertando o cabo da arma e com isso ela voltou e acertou a sua testa, abrindo um pequeno corte, e ainda por cima ele se desequilibrou e caiu de bunda no chão, ele ficou muito desanimado depois disso. Eu não ri no momento, por causa de toda a situação, mas agora lembrando, estou me desmanchando de rir, aqui na pousada.

Não dá para dizer quem finalizou o Golem, já que todos estávamos atacando ao mesmo tempo, mas acho que a porrada que o Sacerdote deu foi tão forte que derrubou o Golem, mas não há nada para comprovar.

Depois da batalha, aconteceu algo já esperado, mas que assustou a todos, os livros que até então estavam voando, caiu sobre nós e para dizer a verdade, machucou. Logo em seguida, todos os livros começaram a queimar, mas graças a Feiticeira, conseguimos apagar o fogo, mas para minha decepção, quando peguei o primeiro livro para ver seu conteúdo, percebi que todas as suas páginas estavam em branco, e todos os outros também estavam nessa situação, mas isso não me desanimou, pois se tinha um feitiço para proteger o local, é porque tem algo para ser protegido. O Sacerdote estava curando os outros, enquanto eu estava na minha empreitada de achar algo, e quando ele já estava terminando, eu finalmente consegui achar algo, um livro apenas, mas aparentou ser o motivo da armadilha. Eu entreguei o livro para a Feiticeira analisar, e o máximo que foi descoberto sobre o objeto, foram palavras avulsas e desconectas. Como ela percebeu que se tratava de algo místico, pediu o livro de presente, que eu dei sem protestar, afinal não era minha área.

Todos já estávamos bem dispostos, e resolvemos ir ver o que tinha na ultima porta, a que ficava de frente. A porta deu para um corredor, e quando já estávamos quase chegando ao corredor, ouvimos vozes, comemorando por algo e dizendo que deviam avisar o chefe, logo após, a porta do corredor se abriu, e mostrou um Goblin, bem espantado, com nossa presença, e logo voltou a entrar na sala. Eu fui logo em seguida, para ver se ninguém escapava, mas quando eu entrei vi que esta sala tinha um pequeno túnel à esquerda, muito provavelmente este túnel era novo, por causa das paredes “cavucadas” recentemente, e nele eu vi apenas um vulto que julgo ser de um goblin que resolveu entrar nele, muito provavelmente a procura d uma saída alternativa. Dentro da sala tinha um Goblin e um Orc, quando vi que eles estavam armados e que não iam se entregar eu logo avancei na direção do Goblin e passei o fio de minha espada em seu pescoço, a sua cabeça rolou no ar, enquanto o seu corpo caia.

Agora era a vez do Orc, mas como ele era mais forte eu iria precisar da ajuda dos outros, mas eu não precisei pedir, eles já estavam caindo em cima do Orc. Acredito que quando a Feiticeira passou por mim, ela me deu uma piscadela de satisfação.

Eu sempre fico na frente, já que eu sou o único que possui um escudo, enquanto eles ficam na retaguarda, saindo apenas para golpear o Orc. Ele já estava desfalecendo quando nós escutamos um grito, vindo do buraco da parede que citei antes, e logo em seguida um barulho de algo batendo pesadamente no chão, acompanhado do que me pareceu ossos se partindo.

Quando tudo estava acabado, foi o momento de continuar a explorar o resto do covil.



Continua...

Ass: Adamus Asliano

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